Muito além das habilidades descritas em currículo, é possível selecionar novos colaboradores a partir de análises comportamentais.
Conheça e saiba como aplicar na sua empresa.
Um processo de recrutamento ou seleção de profissionais é baseado na procura pelo(a) candidato(a) ideal que reúna as melhores habilidades técnicas e comportamentais para ocupar a vaga oferecida. Dois conceitos ajudam a identificar com mais assertividade essas duas importantes características em um futuro colaborador: soft skills e hard skills.
Neste artigo, você conhecerá o que é e qual a diferença entre soft skills e hard skills, além de saber exemplos desses conceitos e qual é a importância de dominá-los no momento de fazer a contratação de novos profissionais para a sua empresa.
O que são hard skills e soft skills
Hard skills ou soft skills são termos em inglês que foram incorporados em grandes empresas internacionais ao longo dos últimos anos.
Esses conceitos correspondem às competências de um candidato no âmbito técnico, ou seja, naquilo que ele sabe e se qualificou para fazer; além de questões comportamentais, que são mais difíceis de mensurar, mas importantes na hora de conhecer sobre o potencial do seu futuro colaborador.
De acordo com uma pesquisa do LinkedIn, os recrutadores estão buscando nos candidatos uma combinação de soft skills, com habilidades socioemocionais; e hard skills, com habilidades mais técnicas.
A tradução do termo “skills” significa “habilidades”. Porém, fica mais difícil fazer a tradução literal dos conceitos completos. Por isso, explicamos a seguir o que é cada um dos termos.
Hard skills
A hard skills representa o modelo mais tradicional e conhecido pelos profissionais de RH em recrutamento e seleção. Isso porque ela permite mensurar qual candidato apresenta ter mais habilidade que outro com base na sua experiência declarada em seu currículo profissional e que seja possível de ser atestada.
Esse conceito é baseado em uma análise do perfil do candidato com base nas capacitações que ele pode comprovar por meio de certificados, diplomas, cursos, entre outros.
Dessa forma, está diretamente ligado com o aprendizado adquirido ao longo da sua carreira na área pretendida.
Conheça alguns exemplos de hard skills:
- Graduação, mestrado e doutorado;
- Fluência em línguas estrangeiras;
- Cursos técnicos;
- Capacitação para operação de máquinas e equipamentos;
- Conhecimento específico em informática.
Uma das orientações mais frequentes para os recrutadores é não se basear somente no que está formalizado no currículo e comprovado por meio de certificados, por exemplo.
Procure conhecer, por meio de portfólio, referências e testes, se as habilidades técnicas pretendidas pela empresa para determinada vaga são atingidas na prática pelo candidato.
Entretanto, somente fazer a análise das habilidades técnicas está ficando em desuso. Muitas organizações estão indo além e aperfeiçoando essa etapa tão importante de seleção durante a busca pelo profissional certo para a vaga disponível. Como é o caso das soft skills.
Soft skills
As soft skills estão associadas ao comportamento do profissional e a forma como ele administra situações que possam ocorrer durante o exercício da função e também durante a sua vida pessoal, já que não são técnicas restritas ao ambiente corporativo.
Essas habilidades comportamentais são mais difíceis de serem identificadas e precisam ser analisadas na prática e com atenção pelos recrutadores.
Um profissional com espírito de liderança, por exemplo, é identificado por meio de dinâmicas de grupo ou outras ações que demonstrem essa habilidade comportamental. Há o entendimento que, além de profissionais técnicos e com capacidades distintas, é fundamental encontrar aqueles que também saibam lidar com ambientes de pressão, trabalho coletivo ou até mesmo o trabalho à distância. Por isso a importância das soft skills.
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Conheça alguns exemplos de soft skills, de acordo com site The Balance Careers:
- Boa capacidade de comunicação verbal;
- Senso de liderança;
- Proatividade;
- Capacidade de trabalhar sob pressão;
- Saber resolver problemas;
- Ter pensamento crítico;
- Capacidade de persuasão.
Vantagens das hard e soft skills
Além de ajudar a encontrar o melhor candidato para a vaga disponível, adotar essas práticas na empresa permite melhorias no ambiente de trabalho.
Com um sistema de recrutamento eficiente e que considere habilidades técnicas e comportamentais, é possível manter um bom clima na organização, direcionando cada profissional conforme suas competências.
Além disso, facilita na hora de delegar funções e apostar em determinados perfis para projetos específicos da empresa, que carecem, por exemplo, de profissionais com habilidades comportamentais mais ágeis, de liderança, críticos, entre outros.
Qual dos dois conceitos devo considerar
Você percebeu nos exemplos acima que as hard skills possuem uma fonte de comprovação das habilidades técnicas do profissional, enquanto as soft skills precisam de uma análise e observação mais apuradas para se detectar.
E qual dos dois conceitos devo considerar no momento de recrutar e selecionar os colaboradores da minha empresa? Os dois.
O raciocínio é que as hard skills funcionam para classificar quais candidatos podem ser chamados para a entrevista de emprego e as soft skills são fundamentais para que esse profissional deixe de ser candidato e passe a ser um profissional da empresa.
O segredo é equilibrar as habilidades, considerando os pontos fortes de cada um e que possam executar as tarefas que o cargo exige da melhor maneira possível.
Não se esqueça de, no momento de abrir a vaga, especificar quais são as habilidades necessárias para a função.
Conclusão
É possível ser mais assertivo na hora de contratar novos profissionais com base em conceitos que vêm transformando o gerenciamento de recursos humanos nas organizações.
Além de ajudar a contratar o candidato certo, com as melhores técnicas e comportamentos, são práticas que auxiliam o relacionamento no ambiente corporativo e, consequentemente, a produtividade de toda a equipe.
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